sexta-feira, 3 de julho de 2015

Livro Primeiro - Capítulo II: Elementos Gerais do Universo (Parte 1)

Este capítulo vai da pergunta 17 até a pergunta 36. Em seguida tecerei algumas considerações acerca desse capítulo.

Conhecimento do princípio das coisas (perguntas 17 a 20)

Apesar da sede de conhecimento e até curiosidade do homem, ainda não é possível para ele penetrar a fundo na essência das coisas. Falta-lhe faculdades para isso. Segundo os espíritos na resposta 18 apenas depurando-se pode ele entender melhor, todavia não completamente.

Existe um limite fixado por Deus para que o homem consiga ter respostas para suas pesquisas mais profundas. A princípio, pode parecer injusto para alguns isso assim ser. Mas, precisamos refletir melhor e raciocinar com cautela para entender realmente os pormenores desse pensamento.

 Pergunta 18:
"O homem penetrará um dia o mistério das coisas que lhe são ocultas?
"O véu se ergue para ele, na medida em que se depura; mas para compreender certas coisas, faltam-lhe faculdades que, todavia, ainda não possui." (grifos meus)



Dessa forma, pergunto-me: Será que se o homem pudesse saber tudo que deseja acreditaria e usaria esse conhecimento beneficamente? 

Algo me diz que diante dos comportamentos nefastos originados pelo orgulho que hoje vemos, isso definitivamente não mudaria muita coisa. O homem necessita de algo muito mais fundamental nesse momento - a sua reforma íntima. Antes de tentar entender a Divindade ou a origem das coisas necessita conhecer a si mesmo.

Espírito e Matéria (perguntas 21 a 28)

Já na primeira pergunta nos deparamos com um conceito muito interessante sobre Deus. De fato, essa condição divina é totalmente divergente da que usualmente é atribuída a Deus pela maioria das religiões - a não ociosidade de Deus. Os espíritos nos dizem que Deus não é um ser passivo e ocioso, contemplando-nos do alto. Veja a pergunta abaixo que ilustra isso claramente.

Pergunta 21:
"A matéria existe desde toda a eternidade como Deus, ou foi criada por Ele em um tempo específico?"
"Somente Deus o sabe. No entanto, uma coisa que a razão lhes deve indicar, é que Deus, modelo de amor e de caridade, jamais tem estado inativo. Por mais que possa figurar o princípio de sua ação, há como imaginá-lo, um segundo, na ociosidade?" (grifos meus)

Já na pergunta 22 os espíritos mencionam um fato muito interessante, o qual se refere aos diferentes tipos de matéria. A princípio, nos parece inconcebível acreditar que exista outro tipo de matéria pois nossos olhos não são capazes de vê-la; porém devemos pensar: o ar não seria também um tipo de matéria que mesmo  sabendo que existe não podemos ver nem tocar? 

Dessa forma, com esse esclarecimento dos espíritos nossas dúvidas são esclarecidas. Concluímos, então, que o espírito sendo invisível para nós deve ser constituído de outra matéria.


Por fim, abordo a pergunta 23 pela sua grandiosidade de conceito e reflexão:

Pergunta 23:
"O que é o Espírito?"
"O princípio inteligente do Universo."

Somos, portanto, não apenas matéria, mas uma inteligência que provém daquela primeira e tida como causa que é Deus.


Novamente, peço que leiam esse capítulo e as partes que acima abordei para um entendimento completo.










quarta-feira, 1 de julho de 2015

Livro Primeiro: As Causas Primárias - Capítulo I (Perguntas de 1-16)

Capítulo composto de 16 perguntas acerca de Deus e suas características. Esse capítulo nos dá explicações essenciais para entender mais sobre a Divindade. 



Deus e o Infinito (perguntas 1 a 3)

Destaco a primeira pergunta: "Que é Deus?" 
Inteligentemente, Kardec não pergunta "Quem" a fim de não personificar ou pressupor que Deus seria uma pessoa. Deixa assim aos espíritos definirem sem conceitos pré-estabelecidos o que seria Deus.

Os espíritos dão uma resposta breve, porém profunda desse conceito. Dizem eles: "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas." Essa ideia de Deus resume todo esse capítulo, pois remete à ideia que nada preexiste a Deus. Tudo que existe vem depois Dele. Se por acaso supuséssemos que algo o criou então este seria Deus.

Provas da Existência de Deus (perguntas 4 a 9)

Nas perguntas seguintes, 3 e 4, Kardec se refere ao conceito de infinito
Nossa linguagem é escassa e incompleta para definir o que seria infinito. Certamente, o infinito para nós, como dizem os espíritos, é o desconhecido. Ademais, definir Deus como infinito, para Kardec, seria uma abstração, pois não é possível definir uma coisa por outra que é desconhecida. O infinito dessa forma seria apenas seu atributo.

Nas perguntas que se seguem, 4 a 9, Kardec pergunta e é respondido sobre as provas da existência de Deus. 

"Não existe efeito sem causa." 

Talvez, um dos pensamentos mais lógicos e significativos da doutrina espírita. Assim, os espíritos mostram que o nada não pode criar coisa alguma e sim Deus como causa primeira é o responsável pela criação. Não seria lógico também atribuir ao acaso a criação de tudo. Pois, o acaso não é nada mais que o nada.

Além disso, podemos nos perguntar: 
De onde veio aquilo que o homem não criou? Como, por exemplo, a natureza? Intuitivamente sentimos que existe algo além do que nossos olhos mortais podem ver. E que esse algo é a causa de todo efeito que conhecemos. Se para os materialistas isso não prova que Deus existe, igualmente o sentimento do nada não conforta e nem explica com lógica esse fato. 

Poderiam ainda tentar explicar que a ideia de Deus seria fruto de ensinamento adquiridos pela criação ou influência social. Todavia, como explicar que até as culturas primitivas tinham também esse sentimento inato?

A resposta para tanta descrença nos nossos dias não é nada mais que orgulho. Segundo os espíritos na pergunta 9 "É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada vê acima de si próprio (...)."

Atributos da Divindade (perguntas 10 a 13)


Os espíritos respondem a Kardec, em resumo, que ainda não é possível ao homem compreender a essência de Deus devido ao seu grau de materialidade. É ainda uma imperfeição do ser humano atribuir características humanas à Deus. 

Algo que devemos ter em mente de forma clara são os atributos de Deus, pelo menos aqueles que nossa condição humana permite conhecer. São eles:
  • Eterno
  • Infinito
  • Imutável
  • Imaterial
  • Único
  • Todo-poderoso
  • Soberanamente justo e bom

Ademais, todos esses atributos devem ser considerados em grau supremo, pois se assim não fosse não seria Deus.

Segundo os espíritos na pergunta 13: "Por estar acima de todas as coisas, Deus não deve estar sujeito a qualquer vicissitude e não pode ter qualquer imperfeição que a imaginação possa conceber."

Panteísmo (perguntas 14 a 16)

A doutrina do Panteísmo se contradiz pelos seus próprios conceitos, tentando explicar que todos e tudo que existe é uma parte de Deus; e que ao morrermos retornaremos para sua essência perdendo assim nossa individualidade. Porém, como conceber que Deus sendo perfeito como é teria como partes integrantes seres tão imperfeitos? Certamente, um absurdo. Os espíritos muito acertadamente respondem a pergunta 15 concluindo de forma resumida e completa a explicação para essa doutrina. 
"O homem, incapaz de tornar-se Deus, quer ao menos ser uma parte de Deus."

Por fim, Allan Kardec nos fornece algumas considerações muito importantes. Diz ele que não sabendo tudo que Deus é, sabemos com certeza o que ele não é. Por isso, conclui que Deus não seria Deus sem os atributos acima mencionados.


Para conhecer com mais profundidade sugiro a leitura desse capítulo na obra. 
Caso exista algum comentário ou dúvida deixe-os abaixo.

domingo, 14 de junho de 2015

O Livro dos Espíritos: iluminando consciências

Esse livro é mais que um livro. É um manancial de luzes para muitas das questões que nos fazemos desde os começos dos tempos. Seja espírita ou não, você pode ser imensamente beneficiado pelos seus ensinamentos.


Sua fonte não vem dos humanos, mas sim dos espíritos superiores que estão nos auxiliando no desenvolvimento de nosso mundo íntimo desde tempos remotos. É por isso que tem uma base tão sólida. Pois, como Allan Kardec disse: "Podem queimar-se os livros, mas não podem queimar as ideias.", quando se refere ao evento trágico do Auto de Fé de Barcelona, onde foram queimados 300 livros espíritas pela Igreja Católica.

Todavia, é preciso um estudo detalhado desse trabalho. Suas 1019 perguntas e respostas englobam vários aspectos da vida humana e espiritual. São muitas considerações e reflexões que necessitam análise cuidosa para sua verdadeira internalização. 

Assim, arrisco-me a iniciar um estudo que sei que não será o primeiro nem o último, mas mesmo assim necessário, até que todo esse esclarecimento atinja todos os espíritos ávidos pelo conhecimento interior e espiritual.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

The Spirits' Book Study - Introduction

Published in 1857, as the first book of the codification, The Spirits' Book was the result of constant and disciplined studies of Professor Rivail, known by Allan Kardec. With 1019 questions and answers, it showed the world that we are never alone. Once for all it answered our deep questions about the afterlife.

Basically, this book talks about the following subjects:
  • The immortality of the soul
  • The nature of spirits and their relations with men
  • The moral law
  • The present and future life
  • The destiny of the human race

It is divided into four parts, which are:
  • Book First - The Primary Causes
  • Book Second - The Spirit-World, or World of Spirits
  • Book Third - Moral Laws
  • Book Fourth - Hopes and Consolations

All of the answers come from spirits of high degree, these answers were collected from various mediums all over the world. Also, some answers are complemented with some considerations by Allan Kardec, which clarify even more the questions.


From now on, I invite you to be part of our study. Leave questions, commentaries and opinions below.